O que é e o que faz a Biotecnologia Agrícola? Como está o mercado de trabalho e quais as melhores oportunidades no exterior?
A Biotecnologia Agrícola é definida
como o conjunto de técnicas e ferramentas utilizadas com objetivo de melhorar a
produção agrícola. Nesse sentido, observa-se a aplicação de marcadores
moleculares e a engenharia genética, ambos com o propósito de modificação
genética de organismos. Outras técnicas muito bem empregadas são os
diagnósticos moleculares, a cultura de tecidos, a fixação biológica de
nitrogênio e o controle biológico de pragas.
Tal área é reconhecida por ter sido
uma das responsáveis pelo aumento da produtividade, da qualidade da produção e
do desenvolvimento de plantas, melhorando, com isso, a sua adaptação a
diferentes condições ambientais. Dessa forma, ela proporcionou uma redução de
custos e de perdas pós-colheitas, bem como contribuiu para atenuação do
desmatamento de áreas naturais, da mesma maneira que auxiliou na preservação da
biodiversidade.
Tratando-se do contexto brasileiro,
é importante salientar que o Brasil ocupa o segundo lugar entre os países com
maior área cultivada com transgênicos no mundo, ficando atrás apenas dos
Estados Unidos. Isso se deve ao seu enorme potencial para o desenvolvimento da
Biotecnologia Agrícola, pois é detentor de grande diversidade biológica e
riqueza em variedades de plantas, animais e microrganismos. O país integra,
também, um forte sistema nacional para pesquisa agrícola, com liderança do
setor público e ampla participação de empresas privadas. Estudos apontam que
houve crescimento no uso de Biotecnologia na agricultura do Brasil em cerca de
10 vezes nos últimos 10 anos. Assim, o Brasil está emergindo como um líder
global em culturas biotecnológicas.
No entanto, todo esse ganho vindo da
Biotecnologia no cenário agrícola não se destina absolutamente à maior oferta
de alimentos à população em geral, assim como o maior ganho de lucro para o
agricultor. A área também é muito importante como base de sustentação econômica
para diversos segmentos da economia. Sendo assim, é vista como importância
estratégica para o agronegócio brasileiro e mundial.
Porém, é conveniente salientar que o
grande desafio do mercado brasileiro para completa adoção da Biotecnologia é
romper com o viés ideológico negativo ainda presente na população agricultora
quanto ao uso da Biotecnologia. Tal população representa cerca de 20% de toda a
área utilizada para a agricultura no país.
Referindo-se ao contexto
internacional, percebe-se grandes oportunidades ao biotecnologista dessa área
devido à imensa utilização de culturas geneticamente modificadas e ao aumento
das atividades de pesquisa em diversos países.
Ainda no âmbito global, observa-se o
significante crescimento da área, principalmente no que toca ao cultivo de soja
e milho. Estados Unidos, Argentina e Brasil lideram o ranking em número de
plantações de sementes biotecnológicas, representando aproximadamente 78% dos
hectares globais plantados.
À vista disso, é interessante
ressaltar que os melhores países e universidades para se estudar e trabalhar
com Biotecnologia Agrícola, com base nas informações relatadas pelo The Best
Schools, são: Estados Unidos
(Harvard, Stanford, MIT, University of California São Francisco e Yale, entre
outros), Reino Unido (Cambridge,
University College London, Oxford, The Imperial College of Science Technology
and Medicine), Japão (Kyoto
University, The Uniersity of Tokyo), Suíça
(University of Zurich, University of Basel), Austrália (The University of Western, The University of Melbourne,
The University of Queensland), Canadá
(McGill University, University of Toronto, University of British Columbia), Holanda (University of Wageningen), Suécia (Karolinska Institute), Dinamarca (University of Copenhagen), Bélgica (Ghent University) e Noruega (University of Oslo).
Portanto, com base em todos os
pontos ilustrados, é evidente que a Biotecnologia inserida no agronegócio seja
imprescindível para o desenvolvimento nacional e internacional. Sendo assim, a
pesquisa em Biotecnologia tem importante papel no retorno financeiro para o
agronegócio, assim como conservação ambiental. Os ganhos obtidos pelos
produtores, meio ambiente e a sociedade em geral são muito bem considerados
quando se valoriza a área da Biotecnologia Agrícola.
Falaí Biotec
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